Padrão da Raça Akita

16/3/12
Padrão da Raça Akita

 

Grupo 5 - Spitz e cães do tipo primitivo.
Seção 5 - Spitz Asiáticos e raças assemelhadas
Padrão FCI no 255 - 02 de abril de 2001.

País de origem: Japão
Nome no país de origem: Akita

Utilização: Cão de companhia
Sem prova de trabalho

 

AKITA

 

Nomenclatura Cinófila Usada neste Padrão

 

 

01. Trufa 10. Raiz da cauda 19. Cotovelo 02. Focinho 11. Ísquio 20. Linha do solo 03. Stop 12. Coxa 21. Metacarpo 04. Crânio 13. Perna 22. Carpo 05. Occipital 14. Jarrete 23. Antebraço na cernelha 06. Cernelha 15. Metatarso 24. Nível do esterno 07. Dorso 16. Patas 25. Braço 08. Lombo 17. Joelho 26. Ponta do esterno 09. Garupa 18. Linha inferior 27. Ponta do ombro a: profundidade do peito  b: altura do cotovelo  a+b: altura do cão 

 

RESUMO HISTÓRICO

 

Originalmente todas as raças caninas japonesas eram de pequeno e médio porte, não existia nenhuma de grande porte. Desde 1603, provindo da região de AKITA, os cães chamados “AKITAS MATAGIS” (cães de tamanho médio para caça ao urso), foram usados como cães de combate. A partir de 1868 a raça foi cruzada com o Tosa e com Mastiffs. Como conseqüência destes cruzamentos o talhe aumentou e traços característicos próprios dos cães tipo Spitz, desapareceram. Em 1908 foram interditadas as rinhas de cães. A raça, contudo, foi preservada e aperfeiçoada como uma grande raça japonesa e em 1931, nove cães, exemplares de nível superior foram designados “Monumentos Históricos”. Durante a segunda guerra mundial (1939 — 1945) era comum usar pele dos cães para confeccionar vestes militares. A polícia ordenou a captura e confisco de todos os cães, menos o Pastor Alemão que era usado para fins militares. Muitos criadores aficcionados tentaram enganar a lei, cruzando seus cães com Pastor Alemão. No fim da segunda guerra mundial, o número de akitas estava drasticamente reduzido e os cães apresentavam três tipos diferentes.

  1. Os Akitas Matagis
  2. Os Akitas de combate
  3. Os Akitas / Pastores Alemães

A situação da raça estava muito confusa.

Durante o processo de restauração da raça pura, após a guerra, Kongo-Go, um cão com linha de sangue DEWA, que exibia a influência do Mastiff e Pastor Alemão teve uma passageira, mas tremenda popularidade.

O número de criadores de Akita aumenta e ganha muita popularidade.

No entanto, os criadores esclarecidos recusaram-se aceitar este tipo de cão como a verdadeira raça japonesa e se esforçaram para eliminar as características das raças estrangeiras fazendo cruzamentos com os Akita Matagi, para voltar ao tipo original.

Estes esforços foram coroados de sucesso e permitiram a estabilização da raça pura do Akita de grande porte bem conhecido nos nossos dias.

APARÊNCIA GERAL

 

Cão de grande porte, constituição robusta, bem proporcionado com muita substância, caracteres sexuais secundários nitidamente definidos. Grande nobreza e dignidade na sua simplicidade. Construção robusta

 

PROPORÇÕES IMPORTANTES

 

Relação entre altura da cernelha e comprimento do corpo é de 10:11 mas as fêmeas são ligeiramente mais longas que os machos.

 

COMPORTAMENTO

 

Caráter: calmo, fiel, dócil e receptivo.

 

CABEÇA

 

 

  • REGIÃO CRANIANA
    • Crânio: proporcional ao corpo. Testa larga, sulco frontal nítido sem rugas.
    • Stop: definido.
  • REGIÃO FACIAL
    • Trufa: volumosa e preta. Falta de pigmentação leve e difusa, é aceitável somente nos cães brancos, mas a trufa preta é sempre preferida.
    • Focinho: moderadamente comprido, forte, largo na raiz, vai afinando, jamais pontudo. Cana nasal é reta.
    • Maxilares / Dentes: dentes fortes, mordedura em tesoura.
    • Lábios: fechados.
    • Bochechas: moderadamente desenvolvidas.
    • Olhos: relativamente pequenos, triangulares, o ângulo do olho é ligeiramente voltado para cima, moderadamente separados, cor marrom escuro, quanto mais escura for a cor, melhor.
    • Orelhas: relativamente pequenas, grossas, triangulares ligeiramente arredondadas na extremidade, inseridas moderadamente separadas e inclinadas para a frente.

 

PESCOÇO

 

Grosso e musculoso, sem barbelas, proporcional à cabeça.

 

TRONCO

 

 

  • Dorso: reto e forte.
  • Lombo: largo e musculoso.
  • Peito: profundo com antepeito bem desenvolvido, as costelas moderadamente arqueadas.
  • Ventre: bem esgalgado.

 

CAUDA

 

Inserida alta, é grossa portada bem enrolada sobre o dorso, a extremidade toca o jarrete quando esticada.

 

MEMBROS ANTERIORES

 

 

  • Ombros: moderadamente inclinados e desenvolvidos.
  • Cotovelos: bem ajustados ao tronco.
  • Antebraços: retos com forte ossatura.

 

MEMBROS POSTERIORES

 

Bem desenvolvidos, fortes e moderadamente angulados.

 

PATAS

 

Fortes, redondos, compactos, arqueados.

 

MOVIMENTAÇÃO

 

Elástica e potente.

 

PELAGEM

 

O pêlo de cima é duro e reto, subpêlo macio e denso, a cernelha e a garupa são revestidas com um pêlo ligeiramente mais comprido, o pêlo da cauda é mais longo que o do resto do corpo.

 

COR

 

Vermelho-fulvo, sésamo (pêlos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco. Todas as cores acima mencionadas, exceto a branca, devem apresentar o “URAJIRO” (pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo, pescoço e ventre, na face inferior da cauda e face interna do membros).

 

TAMANHO

 

Altura da cernelha: machos 67 cm e fêmeas 61 cm, com uma tolerância de 3cm a mais ou a menos.

 

FALTAS

 

Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

  • Machos afeminados, fêmeas masculinizadas.
  • Prognatismo superior e inferior.
  • Falta de dentes.
  • Língua manchada.
  • Íris de cor clara.
  • Cauda curta.
  • Cães medrosos.

 

FALTAS DESQUALIFICANTES

 

 

  • Orelhas caídas (orelhas não eretas).
  • Cauda pendente.
  • Pêlo longo (peludo).
  • Máscara preta.
  • Manchas sob fundo branco.

 

NOTAS

 

 

  • Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
  • Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

 

Fonte: CBKC – Confederação Brasileira de Cinofilia (www.cbkc.com.br)


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